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LAB CPC-corpo branco.png

manifesto corpo-palavra-câmera

sim ao pensamento-corpo nas artes da imagem!
sim ao corpo a corpo no audiovisual
sim ao pensamento-corpo que faz a imagem acontecer
sim à imprevisibilidade do momento, à abertura para o que surge diante da câmera

não ao controle absoluto e ao acaso tomado como erro

sim a errância
sim a pensar/trabalhar/criar/suar a imagem como um atrito de corpos-sonoridades-
forças-sentidos-silêncios-espacialidades-luzes-cores-odores... dando a ver uma
relação de forças entre eles

não à subserviência dos corpos à imagem trabalhada como
representação, ilustração

sim ao instante presente, ao acontecimento que se inventa no curso do seu
desenrolar
sim à travessia do momento por vir, do momento aqui, da presença corpórea,
vazada, atravessada pelos sopros da vida e da respiração

não ao tudo a priori, não à inibição de corpos potencializados

sim à performance do corpo como núcleo criador, como fonte de ação no mundo,
como lugar de experimentação e de resistência
sim ao corpo vazado e potente

nunca instrumento de expressão

sim ao corpo em esvaziamento

não aos corpos sobrecarregados

sim aos corpos em abandono dizendo não às ordens de execução
sim aos corpos que desobedecem, que desviam
sim à escuta dos corpos
sim aos buracos dos corpos

não aos corpos fechados e definitivos

sim aos barulhos dos corpos
sim à valorização da corporeidade como ato político, que desafia padrões
normativos, que questiona identidades e que celebra a diversidade de corpos em
suas múltiplas formas, tamanhos, cores e experiências

não à invisibilidade ou à objetificação dos corpos na narrativa tradicional

sim às experiências sensoriais e às emoções que vazam dos corpos e são captadas
pela imagem

não à sensação interiorizada e à prisão da emoção em uma história fechada
não às finalidades

sim ao corpo que dialoga com o espaço, com os outros corpos, que cria na cena uma
rede de afetos e de significados
sim ao espaço que dança
e as danças do espaço
sim ao corpo como espaço e entre-espaço
sim ao campo intensivo

não ao campo intencional

sim à dissolução das hierarquias, aos processos colaborativos, horizontais e
participativos
sim às hibridizações da obra, às contaminações cruzadas, às práticas que
desconstroem o conceito de autoria e de forma acabada, à abertura para o
inesperado
sim ao fora da ordem e progresso
sim à experimentação no audiovisual
sim à experimentação com outras linguagens artísticas: dança, teatro, poesia,
música, artes visuais; à busca por formas híbridas que expandem os limites do meio
fílmico
sim aos deslocamentos às (des)identificações
sim à criação audiovisual desordenada sem explicação
sim a experimentações fílmicas sem roteiro
sim a experimentações fílmicas com roteiros vazados
sim à ficção atravessada pelo mundo, que se mistura com a realidade, que revela o
que está vivo e pulsante

não à representação de algo ausente e a priori

sim à indistinção entre o vivido e o imaginado, ao fluxo contínuo que os une e os
atravessa

sim a experimentações fílmicas dos afetos do que afeta do que transborda
sim à celebração dos afetos, às conexões que desafiam fronteiras e às redes de
resistência que afloram da prática audiovisual

não à narrativa única que limita a diversidade de corpos e de vozes

sim ao reconhecimento da força do olhar compartilhado e da escuta sensível
sim à relação de reciprocidade entre quem filma e quem é filmado, onde o corpo é
visto como sujeito, não como objeto, e onde a câmera se torna uma extensão do
corpo que observa e participa
sim ao corpo a corpo das experiências fílmicas que dançam seus corpos-câmeras,
corpos-luzes, corpos-sons à revelia de mensagens a passar
sim ao que escapa ao enquadramento, aos detalhes invisíveis que carregam outros
significados possíveis, às margens que desafiam a narrativa dominante
sim aos olhos que se movem, às mudanças de perspectiva, às múltiplas visões que
revelam a complexidade do real
sim à abertura de olhar que busca captar o mundo em qualquer espaço, em qualquer
corpo, em qualquer instante, sem restrições
sim à dimensão performativa da imagem, ao ato de filmar como ato presente e
corpóreo
sim aos fenômenos que questionam a estabilidade da imagem em movimento, que
revelam suas fissuras e suas imperfeições
sim às imagens como territórios
e como territorialidades-identidades que emancipam
sim à imagem como espaço
e ao espaço como imagem
sim à imagem-fresta
à imagem-ruído
sim à imagem como forma de imaginar-e-fazer outros mundos
sim à imagem como forma de fabular futuros
sim à imagem como sonho ao sonho como ação

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ana kfouri     fernanda bond     sara fagundes

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Pontifícia Universidade Católica - PUC Rio

Departamento de Letras e Artes da Cena 

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